segunda-feira, 22 de março de 2010

VAI TRABALHAR, VAGABUNDO



O sambista Dicró protagoniza um quadro no Fantástico que sintetiza o brasileiro em geral: ama a riqueza, mas não suporta os ricos. Um deles, no entanto, está entre nós. É Eike Batista. O 8º homem mais rico do mundo.

Dentro de 1 ano aumentou seu patrimônio em quase 20 bilhões e entrou assim para a lista da Forbes. A revista que mais causa depressão entre o empresariado e defenestração entre executivos.

Eike foi casado com a musa Luma de Oliveira, que trocou um magnata de bilhões por um bombeiro de R$1.500. Hoje, se ele quiser, põe fogo no mundo. Cutucaram o marido com aspa curta. Mas e daí? Está cagando e andando no tapete persa da sala.


Tenho uma inveja saudável de pessoas bem sucedidas como Eike. Acredito que você também. Das sortudas mantenho um certo cuidado (vide galera da Mega Sena de Novo Hamburgo).
Sabe aquela ideia magnífica que faria você ficar rico da noite pro dia? Eu nunca tive. Minha torcida fica sempre para que o saldo mensal pingue na conta pra pinga no bar. Meu dinheiro, além de morar de favor na carteira, às vezes ainda esquece que está comigo, some e só aparece no outro mês.
Pedimos emprego, nos deram trabalho. E para saber a diferença entre foder e ser fodido, é só observar de que lado da mesa você está.
Você que trabalha ou, que no momento em que lê isso deveria estar trabalhando, já se deparou com as terminologias da área empresarial.

Sempre vi esse mundo com uma certa peculiaridade. A grosso modo, sempre tentei forjar sentidos tortos para expressões que a galera de terno, planilha de Excel e gráfico na parede utiliza. Sem sucesso.

Zona de conforto para mim sempre foi uma putaria com estofados macios. E lucro líquido nunca escorreu tanto pelo ralo.

Por encarar o mundo corporativo desse modo, não somos nem seremos um Eike. Já corno, meu amigo, ninguém tá livre. É coisa que atinge qualquer camada social.

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